HISTÓRICO DA 23ª BRIGADA DE INFANTARIA DE SELVA
A 23ª Brigada de Infantaria de Selva, "BRIGADA MARECHAL SOARES DE ANDREA", pioneira entre as Brigadas de Selva do Exército Brasileiro, foi criada em 09 de junho de 1976, pelo Decreto nº 77.804, com sede em Santarém – PA. Em 26 de novembro do mesmo ano sua sede foi transferida para Marabá – PA, onde se encontra atualmente. Sua implantação pelo Comando do Exército representa o fiel cumprimento da missão de realizar ação de presença na Amazônia, adestrando a tropa em ambiente operacional de selva, estimulando o desenvolvimento regional por meio de ações subsidiárias, atendendo à necessidade de promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado da porção meridional do Estado do Pará, em harmonia com os interesses nacionais, e de garantir os poderes constituídos, bem como de manter a Soberania Nacional.
A defesa da Região Amazônica foi iniciada pelos nossos antepassados portugueses durante a “União Ibérica” (1580-1640). Preocupados com o interesse estrangeiro na exploração das “drogas do sertão”, criaram o “Estado do GRÃO-PARÁ e do MARANHÃO”, subordinado diretamente a Lisboa, a qual determinou a fortificação e a exploração da região. Em 1751 o Marquês de Pombal divide o Brasil nos “Estado do GRÃO-PARÁ e do MARANHÃO” e “Estado do Brasil”, com o objetivo de demarcar as fronteiras com rapidez e segurança, protegendo a região da cobiça estrangeira. Buscando maior controle, Pombal resolve dividir em 1772 o “Estado do GRÃO-PARÁ e do MARANHÃO” em outros dois, quais sejam: “Estado do GRÃO-PARÁ e RIO NEGRO” e “Estado do MARANHÃO e do PIAUÍ”.
A abdicação de D. PEDRO I em 1831 abriu um período de lutas entre as províncias e o poder central, época que entrou para a nossa história como revoltas regenciais. Nesse contexto, em 1832, explode no “Estado do GRÃO-PARÁ e RIO NEGRO” a revolta conhecida como CABANAGEM. Além do descontentamento com o poder central, existia o desejo da comarca do RIO NEGRO de libertar-se da tutela de BELÉM. Em 1835, o Regente DIOGO FEIJÓ nomeou Presidente da Província e Comandante das Armas o futuro BARÃO de CAÇAPAVA, o Marechal FRANCISCO JOSÉ DE SOUZA SOARES DE ANDREA, que derrotou o líder Cabano ANGELIM estabelecendo a pacificação (1840). Em sua homenagem, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva recebeu a denominação histórica, “BRIGADA MARECHAL SOARES DE ANDREA”.
O seu pioneirismo revestiu-se, também, de extrema importância para a região, ficando conhecida como a “Brigada da Transamazônica”, pois em 1976 passou a enquadrar os Batalhões de Infantaria de Selva (BIS) localizados no eixo da Transamazônica: 50° BIS – Imperatriz; 51° BIS – Altamira; 52° BIS – Marabá e 53° BIS – Itaituba, onde em seu entorno cresceram os núcleos populacionais, garantidores da presença da soberania do Estado Brasileiro.
Atualmente a 23ª Bda Inf Sl é comandada pelo Gen Bda VEIGA e possui a seguinte composição: 50º BIS, 51º BIS, 52º BIS. 53º BIS, 1º GAC Sl, 23º B Log Sl, Cia C/ 23º Bda Inf Sl, 23º Esqd C Sl, 6ª Cia E Cmb Sl, 23ª Cia Com Sl e 33º Pel PE, com o efetivo de 4.442 militares.
Além disso, é uma das Forças de Emprego Estratégico do Exército, sendo a mais completa das Grandes Unidades de Infantaria de Selva, o que a torna a maior e mais poderosa da Amazônia.
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